Os gigantes professores estão mortos por dentro de pequenos corpos vivos

Conheci uma professora que era diferente, ela tinha uma habilidade que poucos tinham, ela sabia dar asas para que seus alunos voassem muito mais alto do que ela.

Conheci um professor que queria desenvolver grandes projetos com seus alunos e ele saberia administrar diferentes projetos ao mesmo tempo.

Conheci outra professora, que chorando me pediu ajuda, pois sabia que o que fazia era um engodo.

Há muita opressão para que os gigantes professores morram e passem a ser tarefeiros, cumpridores de roteiros e apostilas, que não se preocupem com a aprendizagem de seus alunos, mas sim com a farsa da 'ensinagem' e basta dar uma boa nota no final. 

De fala cansada, de alma desgastada, sem brilho nos olhos... os gigantes morrem.

“...vão às escolas procurar os professores que ainda não tenham morrido. Há alguns que estão vivos.” [José Pacheco]

Semana passada, uma querida amiga me pediu ajuda para encontrar uma nova escola para sua filha. Uma menina que nasceu com asas, incrivelmente criativa, onde tudo é paixão e artes. 

Em São Paulo, há mais de 7.000 escolas e menos de 15 são escolas reconhecidas pelo MEC como Inovadoras e Criativas. Nenhuma em Diadema ou na Zona Sul de São Paulo.

Onde estão os gigantes professores vivos?

Onde estão os pais que querem professores vivos para seus filhos?

Onde estão os alunos universitários que querem professores vivos?

Onde estão os gestores que querem professores vivos?

Onde pode trabalhar um professor vivo?

Sobrevivam gigantes professores... sobrevivam. Haverá um dia em que escolas e universidades vivas precisarão de professores vivos. 

______

Links recomendados: A professora 'do contra' e Educação Placebo

Ilustração: http://kathmandupost.ekantipur.com/news/2018-03-15/a-woman-on-womens-day.html 

(se alguém souber a autoria dessa linda ilustração, favor me avisar que dou os merecidos créditos)

Deixe seu comentário ou dúvidas. ⬇